Função do sistema de Embreagem
1. POSSIBILITAR O ACOPLAMENTO SUAVE SEM RUÍDOS.
2. TRANSMITIR O TORQUE DO MOTOR PARA TRANSMISSÃO.
3. INTERROMPER A TRANSMISSÃO DE TORQUE DO MOTOR POSSIBILITANDO AS MUDANÇAS DE MARCHAS E PARADAS DO VEÍCULO.
A importância da correta manutenção e substituição dos itens deste sistema crucial para a direção agradável e segurança na condução de um veículo.
As reclamações dos clientes sobre pedal duro, trepidação e barulhos, são resultantes do desgaste dos componentes do sistema de acionamento de embreagem.
Pois é, nem sempre substituindo o kit de embreagem as reclamações do cliente cessam. Fica então a pergunta: “Se eu já substituí a embreagem, o que mais falta fazer?”.
Primeiramente, devemos nos lembrar de que existe diversos sistema de acionamento de embreagem: o sistema mecânico (garfo, cabo e rolamento), sistema semi-hidráulico (cilindro de pedal, cilindro auxiliar, garfo e rolamento) e sistema hidráulico (idem anterior mais atuador de embreagem).
Embora diversos sejam os sistemas, todos possuem a mesma função: acionar o platô de embreagem para que este libere o disco e, assim, o câmbio pare permitindo assim a troca das marchas.
Antes de qualquer teste, devemos nos certificar que o veículo esteja na temperatura de trabalho e o motor esteja bem regulado, para que outras falhas não acabem mascarando os resultados.
- Fixação do motor e câmbio podem estar avariados.
- Cabo da embreagem não desliza livremente sob a capa.
- Cabo “enganchando”.
- Revestimentos do disco contaminados por óleo ou graxa.
- O rolamento de embreagem e platô não estão paralelos.
- A regulagem original do platô da embreagem foi violada.
- O rolamento da ponta do eixo piloto, fixado ao volante do motor, está danificado.
- Eixo piloto não está perfeitamente perpendicular com a face de atrito do volante do motor.
- Carcaça do platô danificada.
- Provavelmente por queda ou erro na forma de estocagem dos kits.
- Revestimento de embreagem molhado, devido à infiltração de água.
A reclamação de patinação geralmente ocorre quando, em ultrapassagens ou em subidas íngremes, há um aumento significativo da rotação do motor, não correspondendo este a um aumento no torque ou velocidade do veículo. Este também apresenta, após a ocorrência, cheiro forte do revestimento do disco queimado.
Revestimento do disco contaminado por óleo ou graxa.
Carga da mola membrana com o valor abaixo do especificado.
Pedal de embreagem sem folga livre (embreagem enforcada)
Pedal de embreagem com retorno lento ou não retornado totalmente.
Os revestimentos de embreagem sofreram desgaste excessivo.
A profundidade do alojamento do disco da embreagem no volante do motor não está com a medida especificada.
Superaquecimento do conjunto platô , disco e rolamento de embreagem.
Dicas
Fique ciente de, sempre que efetuar a troca dos kits de embreagem, deve-se substituir o sistema de acionamento do veículo.
Garfo
O garfo de embreagem fica em contato com o rolamento o permanentemente, acionando o rolamento contra o platô. Por mais que haja uma boa lubrificação deste, após a utilização de uma embreagem (que em média dura 80.000 km), esta apresentará algum tipo de desgaste. Ao aplicar um kit novo, não apresentará um perfeito assentamento com o rolamento.
O desgaste deste muitas vezes não é perceptível, e seu custo agregado à manutenção do sistema é bem baixo. Não vale a pena efetuar uma nova mão de obra para a substituição somente deste.
O cabo de embreagem é outro item que possui um valor agregado baixo em relação ao custo total da mão de obra.
Um teste funcional do cabo de embreagem não é possível de ser realizado em uma oficina (ao contrário do que acreditamos sobre o teste de cabo enganchando ou não). O cabo de embreagem é uma peça que se desgasta com relativa facilidade e por este motivo deve ser trocado juntamente com a embreagem.
Sempre trocar os guias do rolamento. O desgaste destes pode ocasionar o acionamento irregular do garfo e podem causar trepidação e/ou quebra do conjunto e rolamento de embreagem.
Lubrificação
Sempre lubrificar as estrias do eixo piloto com graxa grafitada. Outros tipos de graxa podem ocasionar uma dificuldade para o deslizamento do disco sobre este, causando dificuldade de engate ou impossibilidade de engate das marchas.
Cilindros de pedal
Caso não apresentem vazamento ou dificuldade de atuação dos pistões internos, podem ser mantidos no sistema.
Atuador de embreagem
É recomendada a substituição deste sempre que for substituído o kit. Mesmo que não apresente vazamento, este pode possuir desgaste interno, o que pode causar dificuldade de engate das marchas.
Sangria do sistema
É recomendado que a sangria do sistema seja efetuada com a máquina de sangria apropriada. Alguns veículos não apresentam bons resultados após a sangria comum no pedal. Geralmente os veículos Fiat 1.8 com motor GM, ao efetuarmos a sangria no pedal manualmente, costuma apresentar trepidação, dificuldade de engate e patinação. O problema só é solucionado após a sangria em máquina.
Geralmente após a sangria da maneira manual, o engate apresenta normalidade, porém, após a primeira volta com o veículo, às falhas acima relatadas começam a surgir.
* Evite acionar a embreagem para aumentar o torque ou alterar a rotação do motor.
* Utilize o pedal da embreagem somente no momento da troca de marcha, quando o motorista descansa o pé sobre o pedal isso provoca um aquecimento excessivo do sistema e um desgaste prematuro dos componentes.
* Evite segurar o veículo em uma rampa utilizando a embreagem como freio.
* Evite sair com o veículo em segunda marcha.
* Evite ultrapassar a capacidade de carga especificada pelo fabricante do veículo, porque poderá afetar o funcionamento da embreagem e diminuir a sua vida útil.
* Verifique o desgaste e o estado do comando de acionamento da embreagem
* Os veículos que possuem o sistema de acionamento hidráulico, verificar os cilindros mestre e escravo, realizar a sangria e analisar as condições do fluido e completar o seu nível.
Teste 01 - Dificuldade de engate.
* Puxe o freio de mão.
* Com o veículo em marcha lenta acione a embreagem e aguarde 04 segundos.
* Engate a marcha ré (que deverá ser engatatado sem dificuldades).
* Sem retirar o pé da embreagem engate as outras marchas, que deverão ser realizadas sem dificuldade ou ruídos.
Teste 02 – Trepidação
* Engate a primeira marcha.
* Aumente a rotação do motor para +/- o dobro da rotação de marcha lenta.
* Movimente o veículo devagar e sem solavancos.
* Realize este procedimento em terreno plano e em uma subida.
Teste 03 – Patinação
* Acione o freio de mão.
* Engate a terceira marcha.
* Mantenha o motor na rotação de torque médio.
* Retire o pé da embreagem rapidamente e acelere ao mesmo tempo.
Efeito do teste
Se a embreagem estiver boa, o motor deve morrer imediatamente.
Caso contrario a rotação do motor irá aumentar com a patinação da embreagem, que ficará evidente.
Importante – Não repetir este procedimento por mais de duas vezes, para evitar o superaquecimento do sistema.


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